Quanto
mais estudo a história do envolvimento político cristão e a realidade global
dos evangélicos na política contemporânea, mais convicto me torno de duas
coisas. Uma é a relação entre a atuação política evangélica e os outros
aspectos da realidade eclesiástica, pois a longo prazo o envolvimento político
sadio é imprescindível para a saúde da própria igreja, assim como para o bem da
sociedade. A outra é a importância do caso brasileiro, pois a comunidade
evangélica brasileira é a segunda maior do mundo. Seu bom exemplo na política
seria muito útil para contrabalançar o desastrado engajamento político da
direita cristã nos Estados Unidos, que tem prejudicado o nome de “evangélico”
no mundo inteiro.
No
entanto, na Europa muitas pessoas acreditam que o crescimento evangélico em
vários países do Terceiro Mundo é tão perigoso para a política quanto o
crescimento do fundamentalismo islâmico. Com todas as suas falhas, a política
evangélica no Brasil desmente isso e aponta para outro futuro. O envolvimento
político evangélico no Terceiro Mundo, em certo sentido “liderado” pelo Brasil,
não é irmão gêmeo do radicalismo islâmico, nem cópia da direita cristã
norte-americana. Ele vem escrevendo uma outra história.
Quase
sempre a imprensa e alguns políticos criticam a campanha de candidatos ou
políticos evangélicos porque estes estariam “misturando religião e política” e
ameaçando a separação entre Igreja e Estado. É verdade que as explicações dos
candidatos nem sempre ajudam a esclarecer. Mas não devemos acompanhar a música
do laicismo militante que deseja excluir Deus e a religião da praça pública.
Podemos
não concordar com as políticas deste ou daquele candidato e até achar que sua
conversão foi oportunista, mas não devemos combatê-lo de tal forma a
deslegitimar a razão da nossa própria participação política. A política não
deve ser meio de fortalecer uma religião em detrimento de outras, mas dizer que
a religião em si nada tem a ver com a conduta da política é lógica e
historicamente falso.
Em
torno dos candidatos e políticos evangélicos há líderes e membros de igrejas
com uma expectativa “messiânica” de que aquele candidato evangélico canalizará
automaticamente as bênçãos de Deus sobre o Brasil, resolvendo todos os
problemas que nos afligem. Esse messianismo é muito perigoso, para o país e
para a Igreja. Ao contrário do que muitas vezes se afirma, a última parte do
homem a se converter não é o bolso, é o fascínio pelo poder.
É
verdade que houve um avanço inegável no meio evangélico em relação ao
envolvimento e à prática política. Ainda assim, nem sempre é possível
recomendar os modelos de atuação política mais visíveis.
A
fé cristã é, ao mesmo tempo, utópica e bastante realista. A solução para os
problemas políticos é sempre política. A solução para a má política é a boa
política, e para a má espiritualidade é a boa espiritualidade. Não precisamos
fugir para outro campo, porque o Deus bíblico está em todas as áreas da vida
humana.
Trazendo
essa realidade para nossa cidade de Mossoró, historicamente temos tidos algumas
decepções com os “representantes do povo de Deus” eleitos sempre com práticas
não muito legítimas e não dando nenhum testemunho de verdadeiros filhos de
Deus.
No
entanto queridos leitores, estamos em um ano eleitoral e agora que todas as
convenções já foram realizadas e os registros das candidaturas estão sendo
efetivadas, é hora de analisarmos os desempenhos dos nossos representantes.
Devemos lembrar que no próximo dia 07 de Outubro, estaremos exercendo nosso
direito de cidadão e escolheremos o novo Poder Executivo e um novo Poder
Legislativo.
Como
crentes deveremos escolher nossos representantes analisando as propostas e
principalmente as condutas dos diversos candidatos. Devemos lembrar que as
trevas nunca andará com a luz. É tempo de mudança. É tempo de renovação.
Se
seu representante tem envergonhado o evangelho e através de sua conduta tem até
escandalizado a igreja, devemos trocá-lo. Vamos dar um tempo (de no mínimo 4
anos) para esses pseudo políticos evangélicos repensarem suas condutas e
voltarem à Cristo.
Devemos
trocar os maus políticos evangélicos e nunca deixar de votar nos bons. Pois só
assim poderemos ter garantido alguns direitos e ter defensores dos bons
projetos.
Posso
garantir que nesse leque de novos candidatos evangélicos, conheço alguns que
merecem a nossa confiança e nosso voto. Devemos depositar nesses irmãos a nossa
esperança de ter um verdadeiro representante do povo de Deus. Em Mossoró
teremos também nosso representante evangélico.
Posso
descrever o perfil de um homem sério e acima de tudo temente a Deus que confio
e que depositarei nele o meu voto e minha esperança de ter um verdadeiro
evangélico na Câmara Legislativa: ele é filho e genro de pastores
reconhecidamente homens de excelente índole; homem responsável em suas tarefas
administrativas dentro da igreja; temente e fiel a Deus; homem casado e pai de
família; fiel à doutrina da igreja.
Por
obediência à legislação eleitoral, não direi o nome desse irmão. Porém, logo
que seja permitido, divulgarei o nome do nosso futuro representante no Poder
Legislativo em Mossoró.
Esperemos
e em breve voltarei a falar mais desse irmão.
PS.:
Não sou cabo eleitoral de nenhum candidato nem tenho autorização para falar em
nome de ninguém. Apenas expresso minha opinião sobre os políticos evangélicos
ou dos evangélicos políticos, como preferirem.
Em
Cristo.
2 comentários:
Quanto a esse assunto eu pergunto: " A onde é que eu assino? rsrsr
Acabo de postar sua excelente reflexão " A Oração Modelo"
Pastor Edinaldo Domingos
Caro Pastor Ednaldo, obrigado pelas suas palavras. Não mereço toda essa consideração. Sou apenas um admirador do seu trabalho e tenho buscado me espelhar em você.
Em Cristo.
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